O CEO do GRUPO PRADO e Vice-Presidente da APEGAC, Francisco Monteiro Dias, participou enquanto orador na mesa-redonda “O Futuro da Administração Profissional de Condomínios” integrada no VI CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS (APEGAC).
Da intervenção de Francisco Dias destacou-se a sua opinião sobre os novos desafios e implicações que o Alojamento Local trás na gestão quotidiana de um condomínio, onde foi referido que as constantes alterações legislativas nesta matéria têm provocado uma enorme confusão entre os proprietários e até administradores, e que em nada contribuem para diminuir a conflitualidade entre duas realidades totalmente antagónicas, daqueles que são proprietários e usam o seu apartamento diariamente, e os que o a usam com a finalidade de explorar o negócio de AL.
São vários os fatores que para além do desconhecimento legislativo contribuem para a desconfiança e conflitualidade:
A segurança – É facilmente constatado que o edifício onde se explora o AL ficará mais vulnerável, pois a utilização momentânea por estranhos pode originar situações de insegurança direta ou indireta.
O incumprimento das Regras – Este é outro fator importante, o incumprimento por quem utiliza o AL das regras estabelecidas para o uso dos espaços e equipamentos comuns e da lei do Silêncio. Enquanto os residentes têm noção das regras instituídas pelo condomínio e da lei em geral, os clientes de AL, apesar de legalmente serem obrigados a conhecê-las, desconhecem-nas e não as cumprem, fazendo ruido em horários inapropriados e usando abusivamente os equipamentos comuns.
Obrigação Legal de informar não é cumprida – Questionada a plateia se é normal que os gestores de AL informem o condomínio da sua identidade e contactos permanentes, os vários administradores presentes foram unanimes em afirmar que essa obrigação legal não é cumprida, facto que levou o Presidente da ALEP, Dr. Eduardo Miranda, a manifestar e assumir o interesse em estabelecer um protocolo com a APEGAC, no sentido que ambas as associações – em conjunto – possam contribuir com ações de comunicação e formação para uma maior e melhor informação, assim como a promoção de boas práticas.
Por último, Francisco Monteiro Dias manifestou o seu desagrado pelo facto de os Administradores de Condomínios, através da APEGAC, não serem ouvidos pela tutela, na elaboração das diferentes Leis relativas ao AL, nem ter sido salvaguardado no valor dos seus honorários, o aumento inerente do seu serviço, em tarefas especificas e tratamento de reclamações derivados da exploração das unidades de Alojamento Local.
O VI Congresso Nacional da APEGAC decorreu nos dias 11 e 12 de novembro, na Fundação Oriente, em Lisboa, abordando várias questões-chave da administração de condomínios.